Saturday, December 30, 2006

O Fim...

Cresceu, criou frutos e agora olho apenas para cima! Abraço os céus, os presentes da vida e o vento que me afaga.

Agora olho-me ( assim) imponente, frutificada... e vejo-me maior, mais em mim... Passei a olhar apenas para cima, e vi que a minha árvore tem muitos frutos novos! Que bom!
Este é um ciclo que termina, o fim de mais um ano, o fim dos meus 28 anos… o início de novas coisas… porque um fim traz sempre consigo um início!!
Que este novo ciclo seja repleto de força é o meu desejo especial… e de novos frutos. Para mim…. Para todos vós!!

Wednesday, December 27, 2006

A Liberdade de escolher... amar-te !

Já sabia que o Amor roçava a ingenuidade, e até a estupidez.
O amor consegue ser estúpido, mas só porque quer. Porque precisa de ver e ouvir apenas o que afirma a sua própria existência. E tudo tem de ser como uma afirmação, com badalos, sinos, luzinhas e tudo...
O meu amor por ti roça a estupidez, sim! Porque assim o quero, porque assim escolhi sem ter escolha (ela já vem incluída no pacote ;p )
Vejo apenas o que quero ver, interpreto os sinais á minha maneira (não sempre a mais obvia, devo dizer), e continuo a procurar-te... enquanto assim me fizer sentido.
Escolhi regar a nossa história de esperança e possibilidades, e ao fazê-lo descobri-te ao meu lado, á tua maneira.
Escolhi ser feliz, e brindar-nos com um amor feliz. Por isso, se sou estúpida, não me importo.
Sou estúpida, mas com um sorriso nos lábios e os teus beijos espalhados pelo meu corpo.
Fossem todos estúpidos assim... seria o mundo certamente um pouco melhor!!

Saturday, December 16, 2006

A ponte

Gosto de vir aqui! Aqui o ar tem outro cheiro, o céu tem outras cores e até os sons são diferentes. Aqui entro noutro mundo que parece distante da vida.
Posso sentar-me, meditar e ver-me com os olhos da alma.
É um dos locais mágicos na cidade. Dentro dela posso sentir-me distante de tudo e de todos... o que por vezes é não só agradável como fundamental.
Sou uma solitária em muitas situações.
Aprecio muito o meu espaço, a minha independência e o meu silêncio... o estar comigo mesmo.
E aqui converso comigo e vejo-me reflectida no espelho da água, nos vermelhos do entardecer nas nuvens, no repousante balouçar das ondas. Aqui Respiro e vou sempre embora com uma serenidade que abraça a iluminação!!

(Re)Nascer


Nasço aqui, de novo e pela primeira vez!
Do útero da terra, olho-te como se nunca tivesse deixado de te ver… E não deixei.
Há quantas eternidades nos olhamos, mãe?
És o primeiro olhar que lanço ao mundo, quem primeiro reconheço desde o princípio dos tempos, em mil rostos, mil cheiros e mil sentires, e sempre tu!
Instinto que nos faz saber de onde vimos.
Sou tua filha, tua Sacerdotisa, tuas mãos na terra, tua boca nas minhas palavras.
Sigo os teus desígnios!
Através de mim chegas ao mundo…. Através de ti toco o divino.
Sou assim, e mesmo assim não deixo de “te” ser.
Eu…E tu em mim!
A tua força, na minha subtileza.
A tua sabedoria no meu encanto, que é tão teu.

Abro os braços e chamo-te, apesar de te saber aqui.
Preciso de te sentir! Os teus olhos sobre os meus, o teu colo, o teu abraço, que me embala e me diz que está tudo bem…que sempre esteve. Que tudo faz parte do caminho!
Quero voltar ao teu útero, grande mãe! Alimentar-me das águas do teu peito.
Mergulhar nas chamas do teu mar e beber do fogo divino e inspirador, restabelecer-me de energias.
Nasço aqui, hoje, de novo e pela primeira vez. Nos teus olhos, nos teus braços.
Nasço de braços abertos ao vento, tal pássaro que voa livre sobre os céus… no teu céu, no meu céu!
Sempre Eu… e tu em mim!

Vazios

Período de vazio na alma e no pensamento.
Momentos em que não penso, porque simplesmente não me apetece pensar... não escrevo, porque as palavras que saem são já tão batidas que me cansam, e soam sempre a piano desafinado de tocar tantas vezes nas mesma teclas.
Sinto a tua falta... ainda, tenho que admiti-lo. Mas não quero mais pensar nisso.
Quero virar a página, quero afinar o piano e voltar a tocar doces melodias, diferentes das anteriores que soavam soturnas. Escrever sonetos á primavera, á paixão arrebatadora e sentida, á inspiração, á magia única do amor, de novos cheiros, de outros braços que me embalem que não os teus.
Não tenho mais a dizer... não por agora.
Abro a janela lentamente, e inspiro o ar gelado que ficou na minha vida. Faço bolinhas de fumo, e acabo por brincar com elas!
Sorrio-te em desafio, e deixo-te a janela aberta para poderes entrar .
Quando chegares, não precisas bater.