Thursday, May 10, 2012

Doce amar...


Tão, tão grata pelos teus beijos doces. Pelo teu sorriso ameno de fim de tarde primaveril. 
Tão, tão grata pelos silêncios. Pela serenidade dos teus abraços e dos meus aconchegos em ti. 
Tão, tão grata pela presença constante, límpida, genuína e amorosa. Tal ribeiro de águas claras onde as  pedrinhas brilham ao alcance da mão... a minha mão... a tua mão que me afaga, e me aperta contra ti. 
E juntos, lado a lado, olhamos a mesma direcção, o mesmo pôr do Sol, a mesma Paz...
Quem disse que existia apenas uma forma de amar?

Thursday, February 02, 2012

Sub-personalidades




Interessante as diferentes partes de nós e as suas dinâmicas.
Nos últimos anos tenho vivido com dois fortes apelos internos dentro de mim. O problema é que estes apelos são totalmente incompatíveis.
Se um lado de mim deseja aprender a estar, ficar, construir, estabilizar e encontrar a paz, o outro deseja voar, conhecer, expandir e desbravar.
E estes pedidos são tão fortes que me colocam em constante luta interior.
Hoje compreendi que tudo está certo!
Na realidade o Universo é tão sábio que sabe exactamente o que nos traz, e o que precisamos de desenvolver em cada momento.
Percebi que pode não ser o momento certo para voar, mas que a vida me está a dar oportunidades para estabilizar e crescer na paz.
E porquê lutar contra uma coisa que até é boa e ressoa dentro de mim?
Porquê ver sempre o que não tenho, em vez de olhar para o que a vida me disponibiliza? Para o que está lá para mim.
Tenho lutado tanto contra, mas a verdade, é que cada vez que me proponho fazer um novo voo, parece que surge uma mão que me puxa de volta e me diz "Calma. Fica aqui! Ainda não é o momento..."
E, o que é novo, é este "ainda".
Hoje senti nitidamente que "ainda" não é o momento, não significa que nunca seja.
E também não significa que eu seja preguiçosa, ou tenha bloqueios, ou que não seja capaz... Significa simplesmente, que, neste momento a minha construção é outra (o que também é valido), e que a vida me está a trazer outro tipo de aprendizagens (também importantes).
Porque aprender não é só sair, ir para outros lugares, expandir, tirar cursos, conhecer o novo. Aprender também é ficar e descobrir com o que já lá está, olhar para dentro, encontrar o silêncio e saber no fundo de mim que estou em ressonância com o meu coração.

E sempre foi tão difícil para mim ficar!

Mas se já soubesse, não seria difícil, certo?
Ou seja, tudo é, nada mais, nada menos, do que aprendizagem.

Tuesday, January 31, 2012

Finalmente a Paz!


Serenamente olho à volta e respiro...
A vida sorri-me tanto!
Passado tanto tempo respiro como se fosse a primeira vez.
Silêncio! É tão bom ouvir o silêncio dentro de mim. Não ter aquela voz gritante e perturbadora constantemente a perseguir-me.
Agora sou novamente eu. Aos pouco e cada vez mais EU.
E sinto-me tão feliz! Sinto que finalmente começo uma nova fase da minha vida.
Deixei de escrever aqui... é verdade. As palavras deixaram de aparecer, os que anteriormente me liam passaram a não vir aqui. Mas não faz mal.
Tal como a minha vida passou por uma limpeza, também neste espaço isso aconteceu.
Deixou de me fazer sentido vir e escrever sempre as mesmas coisas. Reflexos de uma mente perturbada de quem tem medo de viver e se sente infeliz. Uma infelicidade inquietante que grita sempre as mesmas palavras.
Esse estado de negativismo estava tão enraizado em mim e ao mesmo tempo tinha tão pouco a ver comigo! Mas sempre fui assim, uma enorme antítese. Dois extremos, dois pólos de uma só energia.
Mas agora sinto-me finalmente em Paz, em silêncio, em estado de graça interno.
E aos poucos a vontade de escrever renasce. E desta vez não com vontade de cantar a tristeza e a desilusão de um coração ferido, mas como uma nascente de água límpida e cristalina, aquecida pela luz do sol.
Sinto vontade de dar outras coisas de mim. Aquilo que sempre dei aos outros, e agora finalmente consigo dar a mim também: Um sorriso sincero, uma palavra de tranquilidade, um punhado de luz, um ombro amigo e compreensivo, e acima de tudo, amor!
Amo-me como acho que nunca o fiz! E nesse amor redescobri-me e encontrei a aceitação, o perdão, a auto-compreensão.
E nesse amor redescobri o Silêncio!